Baião de dois

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domingo, 21 de dezembro de 2008

Tanta saudade

Tanta saudade
Que não cabe no sentimento,
Doi o corpo de lamento,
O sorriso sai apagado.

Tanta saudade
Que as lágrimas inundam o espaço,
Meu corpo pede teus braços
Minha boca deseja teu beijo.

Tanta saudade
Que mesmo ouvindo Bob continuo triste,
Melancolia que insiste,
Querendo num verso dizer,
Não sei viver sem você...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Quando poema

Quando poema
Sou...
Teu olhar
Framboyham
O cheiro
Teu corpo
Estrelas
Brilho
Noite
Vermelho
Sentimento
completo
Desejo
Ser teu
Quando poema!

Manu Kelé!

Nostalgia

Nostalgia
Lamento
Contagiando a natureza
Lua Triste
Estrelas apagadas
Meu pensamento
A seguir
derrotadas noites de amor
A flor muchou sem cheiro
E o desespero da saudade
A invadiu meu coração!
Manu Kelé!

Flor

Beleza encanto
luz do teu olhar
Cores das estrelas
Flor a te esperar.

Cheiro meiguisse
Corpo do carinho
No mar do amor
Não estou sozinho.

Sorriso dos sentidos
Som do "Pátio Interno"
Alma colorida
Bem querer moderno.

domingo, 30 de novembro de 2008

Abraço

Teu abraço
Lindo poema,
Inspiração de liberdade,
Doce saudade
Que eu gosto de ter.

Teu sorriso
Ternura e carinho,
Longo beijinho,
O coração a bater.

Tua presença
Energia e bondade,
Cruzo a cidade
Querendo te ver.

Manu Kelé!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Festa do olhar

Poesia
Estrela nova
Festa do olhar
Mar de bem querer.

Poesia
Novo sentimento
Cheiro de flores
Ao amanhecer.

Poesia
Sol do meu caminho
Todo o teu carinho
Para o meu viver!

Manu Kelé

sábado, 27 de setembro de 2008

Doce safra

Quando eu ainda era nada
Já queria ser palavra,
Doce safra de um verso,
Soprado ao som do coração.
Quando nasci
Me tornei canção,
A verdade dessa vida,
Explosão calma de um som
Sentimento chocolate sabor de emoção
O coração derretido na canção.
E hoje sou,
Um eu de sentimentos puros
Sem muros pra imaginação.

Poema musicado por Eduardo Loureiro e encontrado nos pensamentos de Manu Kelé!

Encanto de olhar

Meu coração
Colorido de poesia
Sangue paixão
Movidos no dia a dia

Sons inspirados
Versos guardados
Na emoção

Alma aberta
Coberta de estrelas
Luz e beleza
Encanto de olhar

Manu Kelé

Sentimento chocolate

Sentimento chocolate
Sabor de emoção
O coração mole
Derretido na canção

Viagem no teu olhar
Caminho bom de seguir
Sorriso de encantar
Eu não posso resistir

Sentido do teu abraço
Entrelaço das nossas vidas
Pra encontrar o teu calor
As estrelas são seguidas

Manu Kelé!

domingo, 21 de setembro de 2008

Coração poético

Diga uma palavra,
Uma brincadeira
Cante baixinho,
Uns versos de amor.

Vinícios ou Tom,
O bom do som
Do coração poético
Que cabe em nós.

Largue sua calma
Mostre sua alma,
E me beije em paz!

Manu Kelé

domingo, 14 de setembro de 2008

Dentro de mim

Dentro de mim
Um caminho sem fim,
Cheiro de flores cheiro de amor.

Dentro de mim
Há Profunda beleza,
Céu da certeza do seu calor.

Dentro de mim
Infinito desejo,
No beijo que a memória guardou.

Dentro de mim
Você linda estrela,
Seu céu me apaixonou.

Manu Kelé!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sol maior

Sol maior
Tom sem fim
O teu coração
Sem segredo pra mim.

Batidas leves
Som jazz sentimento
O meu alimento
É teu terno sorriso.

Sentido ligado
Desejo acordado
Encontrar palavra e calma
Pra que possa em um poema
Encantar tua alma!

Manu Kelé

domingo, 7 de setembro de 2008

Meiga palavra

Meiga palavra
Doce sorriso
Vida virada
Jardim florido

Som do coração
Suor e calor
grande emoção
Sentir teu amor!

Manu Kelé!

sábado, 30 de agosto de 2008

Razão e emoção

Quero estar longe,
Mas o coração
Não esconde a dor.

Quero partir,
Mas o medo da perda
Não me deixa fugir.

Quero te abandonar,
Mas meu na minha vida
Só aprendi a te amar.

Girassol encarnado

Girassol encarnado
Sorriso molhado
do teu beijo.

Alegria espanto
Movendo meu canto
Voz, Grito, alma.

Oh sol colorido
Aqueci meu abrigo,
Clareia a vida
O meu amor!

Manu Kelé

domingo, 10 de agosto de 2008

Sede de peixe

Sede de peixe,

Água do desejo,

Fome de amor.

Mergulho profundo

Alma molhada,

Sorte guardada no tempo!

Sentimentos coloridos,

Mundo interno florido

Infindo prazer de ser

Manu Kelé

sábado, 9 de agosto de 2008

Chuva de flores

Chuva de flores
da cor dos teus olhos,
Corpo aberto,
Cheiro e calor.

Chuva de estrelas
do brilho teu,
Alma encantada,
Luz e desejo.

Chuva de benção
do nosso amor,
Sentido acordado
Pra todo bem.

Manu Kelé!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Desejo imperativo

Desejo imperativo,
Abraço amigo,
Beijo e abrigo,
Sinal verde,
interação,
O sol que acendeu em mim
Brilhou em tranças rastas!

Manu Kelé

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Prata do teu olhar

Prata do teu olhar,
Ouro da tua beleza,
Diamante e sentimento
de valor imensurável!

Momento agradável
Tocar teus lábios,
Sentir o som do coração,
Bem-ti-vi emoção
Sem fim!

Manu Kelé!

sábado, 19 de julho de 2008

Entre sorrisos e lágrimas

Entre sorrisos e lágrimas,
Vou levando a vida,
Absorvendo as cores,
Das flores o perfume,
Das mulheres a inpiração
para novos poemas.

E vale a pena viver?
Deitado olhando as estrelas?
ouvindo vinis de Milton Nascimento
e outros Gerais?
Tendo alimentos naturais
Como beiju seco?

Criando sentimento,
Vou revelando a cada momento
O meu nascimento,
Com poemas tortos,
Em forma de emoção,
Com palavras soltas,
Feito o sol de cada dia,
Pra ser feliz em cada nova sensação!

Manu Kelé

sábado, 5 de julho de 2008

Poema para Ster

Ster vê isso!
A cor do luar,
O som do coração,
Poesias molhadas,
com lágrimas de emoção!

Ster vê isso!
Amizade não tem idade,
E quando há distância,
O melhor é matar a saudade!

Ster vê isso!
Lindas flores pro teu sorriso,
pois sempre é preciso,
Fazer bonita alegria!
Poema para Ster Verissímo!

Manu Kelé

Por que Nascem os poetas?

Para sentir a poesia das cores,
Caminhar pela beleza das estrelas,
Sentir o cheiro da dor...

Para andar pelas emoções do amor,
Para notar que a vida é diferente,
Tendo inspiração,
Numa folha que cai,
No sorriso,
No risco da paixão!

Para provar
Que apesar das amarguras,
Ou mesmo sobre ditaduras,
Resistimos com felicidade e tristeza.

Viverei para sempre...
Contente, minha gente,
Conquistando a liberdade de ser poeta!

Manu Kelé!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Coração vagabundo

Cores palavras,
Sentimento,
Sonho acordado,
Vibração.

Palavras cores,
Saudade,
A dor da inspiração.
Um coração vagabundo.
Um invertor de emoção!

Viver, poetizar,
Pensar sem usar razão,
Desse mundo a melhor coisa ,
É seguirmos o coração?

Manu Kelé!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Céu azul

O céu azul,
O tempo frio,
Um rio de saudade,
Correndo dentro de mim,
E pra quem é pássarim,
E sobrevive cantando,
É bom o mundo saber,
Querida estou te esperando!

domingo, 29 de junho de 2008

Teu sorriso

Teu sorriso faz, ,
Brilhar estrelas,
E muito mais.

Faz dançar a lua,
Teu sorriso,
Alegra a rua

Colori o arco-íris,
Espanta tudo,
Que é triste.

Me faz acreditar,
Que o amor,
Não acabará.

Poema musicado por Manu Kelé, criado para sua filha Luanda !

Poesia ao vento

Poesia ao vento,
Ânsia de te ver,
Me perco no tempo
Pensando em você.

O amarelo das flores,
O verde do mar,
Te amar em várias cores,
Te amar sem parar...

Se podesse te dava estrelas,
Nuvens pra te enfeitar,
O sorriso do sol,
Um pássaro lindo a cantar!
Manu Kelé

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Alma poética

Alma poética,
Sentimentos florais,
O cheiro das palavras,
Cores astrais!

Alma poética,
Pensamento ao vento,
Meu alimento,
É a imaginação!

Alma poética,
Todo coração,
Viagem intima ao ser,
A vida plena em emoção!

Manu Kelé!


sexta-feira, 13 de junho de 2008

Casa Santa

Aqui estou em vossa porta,
Ofereço simpatia,
Trago benção, trago rosa,
Um amor que contagia.

Nessa noite encantada,
Abra o seu coração,
Seja mais uma estelinha,
Da nossa constelação.

Meu divino Clalix Bento
Abençoe essa morada
Daí o pão o peixe o vinho,
pra essa longa caminhada.

Obrigado casa santa,
Pela sua compania
Tenha ouro, tenha mirra,
Jesus Cristo como guia!

Poema escrito e musicado por Manu Kelé, especialmente para o reisado em Nova Jaguaribara!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O sol



O sol amarelou o céu,
A lua quando viu sorriu,
Mas que coisa tão bonita!
Tudo quanto é estrela se abriu!

O sol dormiu, dormiu, dormiu
Acordou no Japão,
Clareou novo dia,
Fez sorrir multidão!

Poema musicado por Manu Kelé!

sábado, 7 de junho de 2008

Calmas flores


Calmas flores,
Teu cheiro em mim,
Alma tranquila,
Sentimento sem fim!

Belo poema,
No inconciente,
Inteligente emoção,
Tonto e poeta,
Sou um pouco,
Te guardo no coração!

A tua beleza, minha guia,
É um caminho feliz,
Te conhecer; bela lição,
E eu sou da vida aprendiz!

Manu Kelé !

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Se eu fosse

Se eu fosse poeta seria Pessoa,
Se fosse beleza seria você!

Manu Kelé!

Nossa Senhora da Libertação

Letra e música:Manu Kelé

Nossa Senhora da Libertação
Dai-nos firmeza, amor a união
pra gente lutar contra injustiça
Cobiça que tira a força da vida.

Dai-nos espírito de fraternidade
Pra juntos formarmos uma comunidade
Sem fome de pão, com palavras de amor
Seguindo a Cristo o Nosso Senhor.

Nossa Senhora de todas as cores
Recebe o cantar recebe os clamores
Tua luz e verdade refletem a paz
Nossa Senhora te amamos demais.

Um certo galo04.setembro.2004, Publicado originalmente no site "Crônicas do dia www.patio.com.br"

Todas as madrugadas tenho acordado com um galo cantando em cima do telhado. Fiquei sabendo que é o galo do vizinho, que pula de telhado em telhado acordando o dia com o seu cantar. Mas isso não é nada, o que me intriga não é o canto do galo, até que gosto desse lado natural da vida, que lembra a vida no campo, que é totalmente desprovida da preocupação como as horas marcadas do relógio.
A única coisa que me tira do sério é que o “amigo” matutino canta exatamente às 4:30 da manhã, horário em que estou no meu melhor sono de férias. Meu Deus, fico num mato sem cachorro. Confesso que algumas vezes já pensei e tentei pegar o danado. Mas ele é bastante ágil: apesar dos seus aproximados dois quilos, ele corre feito o vento.
A minha querida mãe já me deu uma idéia — você pega um anzol, amarra num nylon, bota um milho na ponta e joga em cima do telhado; na hora que o galo bicar, tu pega ele. Só que não é tão fácil assim, o galo dorme às seis da noite, eu durmo mais ou menos à meia-noite, dependendo da disposição. O que acontece é o seguinte: quando estou dormindo, o galo já tem acordado há muito tempo, com uma disposição enorme por ter descansado bastante, enquanto eu, na hora em que ele acorda, estou querendo mesmo é dar o melhor cochilo.
O que presumo é que jamais pegarei o galo, porque ele demoraria horas pra morrer. Segundo a tradição de quem mata bichos, se tem alguém com pena deles, os mesmos demoram para morrer, e nesse tempo a Luanda, minha filha, iria acordar como o barulho e morrer de pena do bichinho. Daria pro vizinho acordar e seria aquela confusão.
Já pensei e decidi: o melhor para mim é me conformar e acordar, na maioria dos dias da semana, às 4:30 da madrugada.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Mar


Mar Marina estrela,
Sol brisa amor,
Poesia e sentimento
Amar flor e calor.

Estrela Marina mar,
Amor brisa sol,
Poesia e sentimento,
Amarelo Girassol.

Manu Kelé

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Pátio interno ser...














Pátio interno ser...
Felicidade musical,
Notas poéticas,
O som do bem,
O agradável gosto do amor,
A simpatia da amizade verdadeira,
Estrelas de energia positiva,
Iluminando a vida
A cada poesia que se respira!
Manu Kelé

domingo, 18 de maio de 2008

Origami











Origami do sentimento


Dobras de lamentos,


Poemas de papel.


Inspiração da arte,


Tem em toda parte,


Principalmente no teu beijo!


Manu Kelé !

Luiza

O nosso amor Luiza
Tem que ser vivido de forma musical,
Nosso tesouro é vida,
São nossas amizades etc e tal.

Vi o sol Nascer,
Parecia com você,
Tinha o teu calor,
Brilhava forte feito o amor.

Poema musicado por Manu Kelé!

Maria Clara

Maria Clara luz
Faz brilhar madrugada,
Maria Clara maneira
de querer ser feliz.

Quero pão, quero peixe
Quero sol, quero amanhã,
Quero flores, quero verde,
Ser Maria é tão bom.

Poema musicado por Manu Kelé!

sábado, 17 de maio de 2008

Vou pensar

Vou pensar que você está perto,
Que meu coração tá disparado,
Vou pensar que nesse momento,
O tempo estará parado.

Vou pensar nas estrelas
Vou pensar de todas as cores,
E que todos os amores,
Estarão em nós.

Vou pensar na minha alma gêmea
Pois sempre vale a pena
Pensar em te amar!

Manu Kelé

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Brilho dos teus olhos

Quando vejo o brilho dos teus olhos,
Sinto-me como a navegar,
No azul do mar...

O calor e a força que sai do teu corpo,
Faz mover toda minha emoção,
E eu te quero, eu te quero feito um louco
Você é dona do meu coração...
Manu Kelé

terça-feira, 13 de maio de 2008

A dama de branco10.novembro.2000, Publicada originalmente no site:www.patio.com.br

Numa dessas manhãs movimentadas do terminal do Papicu, vinha eu descendo do ônibus — D. Luís — quando avistei uma dama de branco. Seu vestido era colado ao corpo e marcava suavemente suas linhas. A transparência da tão estimada e admirada veste permitia ver também o design da calcinha.
Com todo esse aparato de beleza e sutileza não fui eu o único observador da monumental mulher. O seu andar calmo e elegante chamou a atenção dos que estavam nas biroscas de dentro do terminal. Todos admiravam com olhar de fome e desejo ardente. O motorista do ônibus também deu sua olhadinha, com um sorriso maroto de homem no cio.
Para minha surpresa, a venerada dama saiu do terminal e saiu andando pela mesma rua que eu. Nessa hora, um senhor que passava do meu lado, disse fervorosamente: "Isso é que é mulher! Toda torneada, bonita e sem defeitos." Como já estava emocionado com tanta beleza, concordei com ele dando apenas um forte suspiro.
O passeio pela beleza não terminou ali. Ao passarmos a Av. Santana Júnior, todos que estavam na oficina de carros ficaram encandeados com o vestido branco e a beleza indiscutível da mulher. Não estou querendo exagerar, mas acreditem vocês, até um carro de bombeiros que ia passando na esquina parou para admirar a dama de branco.
É, meus amigos, tem dias que a gente acorda com sorte. Alegra a vida, limpa a vista com a belezura de certas e tantas mulheres lindas e emocionantes.
Manu Kelé

domingo, 11 de maio de 2008

Tempo

Tempo frio,
Alma quente,
Poetizar alegremente,
Pássaro dourado
Flamboyam florado,
vermelho cor do som.

Tempo quente,
Alma fria,
Na noite fazia,
A luz das estrelas,
Por toda fantasia.

Tempo seco,
Alma molhada,
Lágrimas de alegria,
O que me contágia
É o amor sem fim!
Manu Kelé!

sábado, 10 de maio de 2008

Vento

O cheiro das palavras,
A cor do teu olhar,
O coração vibrante,
As várias formas de amar.

O gosto da poesia,
A língua aspera de espera,
A seiva do meu desejo,
Transpirada na atmosfera.

O tato do sentimento,
A ânsia de te encontrar,
A cor do meu pensameto,
Meu verso solto no ar.
Manu Kelé

terça-feira, 6 de maio de 2008

Folhas caídas

Folhas caídas,
Idás e vindas,
Um verso torto.

Palavras azedas,
ruas alamedas,
passos sem rumo.

Tanta saudade
Que doi e arde,
no peito sem fim.

Grito infinito,
Desejo aflito,
Você em mim!
Manu Kelé

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Presentes

Poesia Nuvens, céu azul, estrelas.
Noite fria.
O dia já vem,Canário, bem-ti-vi, graúna,
flores na capela.
Quando ela passa sob o sol fresquinho,
a natureza toda fica sorrindo.

Manu Kelé !

Baóbas

Baóbas sagrados
O céu molhado
Lágrimas do sol.

Tristesse profundamente!

Não quero indiferenças
a cor ou etnia!
O que consome
A minha alegria,
É o velho preconceito
frio e sutil!
Manu Kelé

Eu sou


Sou flores
Sou cheiro
Sou cor.

O som
O coração
e tambor.

O pulsar
O dia
O sol,
Sou canário
sou rouxinol.

Sou mar
O mistério
O bem.
Fortaleza
Rio
Belém.

Sou amor desejável
Gosto beijo molhado,
Sou uma melôdia agradável.

Poema de Manu Kelé musicado por Eduardo Loureiro!

Você


Você me inspira
E transpiro poemas.
Palavras encantadas
De fazer brilhar estrelas,
emoções e sonhos
de enfeitar caminhos,
Me acende a esperança
de colecionar carinhos.
Manu Kelé!

Caleidoscópio

Caleidoscópio giro sem fim,
formas multiplas,
Cores misturadas.
A cada minuto uma emoção diferente,
E quem é poeta e paciente,
Sente poesia
em cada coisa que se bole!
Manu Kelé

Anjo

Asas de sorrisos
Cheiro de flores,
Corpo de céu azulzinho.
Calor do olhar,
Gosto do beijo,
rosto molhado,
sonhos encantados de amor!
Manu Kelé

Labirinto

Me sinto esfaziado de sentidos,
No beco dos sentimentos
Em tormentos labirintos.

Meu fio é teu olhar,
Consigo vencer o Minotauro.
Os riscos e muros
São transpostos com meus risos.

Ariadne flor mais bela,
da minha janela,
Olho para mim e observo;
Venci labirinto e minotauro por ti!
Manu Kelé

As meninas que comiam borracha16.março.2002 in "Crônicas do dia"



Você já ouviu falar em alguém que comesse borracha? Eu já, e fiquei bastante admirado com os gostos e propósitos diferentes pelos quais se come borracha.
Soube da façanha desempenhada por duas crianças no dia da reunião da escola “Gente Pequena”. Luanda, minha filha, estuda lá, e eu sou professor do coral infantil. Não se admire da minha observação, sempre acho que ensinando estamos também aprendendo com as crianças.
A coordenadora pedagógica contou com palavras irônicas o primeiro caso:
A professora perguntou a uma aluna por sua borracha, e a menina respondeu que a havia comido. Um colega de sala confirmou não só que ela havia realmente comido a borracha, mas que seu costume era de comer também o sapato e os lápis.
A professora ficou chocada e perguntou novamente por que ela comia essas coisas. Então a menina respondeu com todas as palavras e em claro português:
— Como borracha para ver se conheço uma lombriga ou uma solitária, pois a professora de Ciências sempre fala nisso, e eu queria muito vê-las de verdade, real e em cores.
A segunda menina não estuda na mesma escola, mas em uma dessas escolas da prefeitura ou do governo do estado. Um dia, quando errou a lição, pediu à professora a borracha emprestada. A professora disse:
— Ontem mesmo te dei uma borracha nova.
— Realmente, tia, a senhora me deu, mas como eu não tinha o que comer na minha casa, comi a borracha.
Dois propósitos diferentes para comer borracha, e nem tudo que se acha certo é tão errado, e nem tudo que se acha errado é tão certo, ou vício e verso.
Manu Kelé

Viva o Nego da Iria10.julho.2004, in "Crônicas do dia"

Quase todos os anos acompanho a caminhada em procissão de São Sebastião, que sai do Mucuripe e vai até a igreja do Dendê. Essa procissão é centenária, minha finada sogra dizia que, quando criança, era das festas mais animadas da cidade.
No cortejo vão pessoas pagando promessas, descalças, vestidas de São Francisco com aquelas roupas marrons, outras ajudam a levar o andor do santo. Os fogos vão estourando do começo ao fim da festa, é uma animação só.
Numa dessas caminhadas que fui, convidei o Nego da Iria para ir comigo. Ele já estava meia-praia, é desses sujeitos que adora tomar um gorozinho. Como em todas as manifestações religiosas populares as pessoas costumam dar vivas aos santos e, na oportunidade, gritavam "Viva Nossa Senhora" e o povo "Viva", "Viva Mártir São Sebastião" e a louvação era a mesma para todos os santos.
A convite do padre, nós — eu e Nego — estávamos ajudando a levar uma pequena radiadora sustentada num pau pesado e enorme, que era o som que puxava os benditos e as orações.
Em meio aos gritos de louvação aos santos, o Nego da Iria algumas vezes gritava “ Viva o Nego da Iria” e o povo respondia com a mesma animação em viva. Foi uma tamanha falta de respeito e canalhice com os santos; não do povo — que na verdade não sabia distinguir o nome de quem estava sendo chamado por causa da concentração nas orações —, mas do meu companheiro que estava quase bêbado.
Quando se encerra a procissão, acontece o outro momento da festa que é a celebração da missa, e nessa hora nós ficamos sentados na mesa das barracas do lado de fora para tomarmos uma cerveja.
O padre começou a falar das pessoas que vão para as novenas só para participar da festa e não participam da missa. O nego ficou danado, disse um tremendo palavrão com o padre, depois falou "É isso aí. A gente ajuda o cara a carregar o som e o pagamento que ele nos dá é falar da gente. Isso tá errado, meu irmão."
Entendimentos diferenciados numa mesma história. Primeiro o Nego foi exaltado como santo, devido a sua traquinagem, depois ele se sentiu ofendido com uma mensagem que não estava sendo dada diretamente para ele.
O importante é perceber que às vezes uma entonação diferente pode tornar uma palavra mais pesada do que ela realmente é, e às vezes uma brincadeira pode ser uma coisa hilariante ou mesmo se tornar uma caso de intriga.
Manu Kelé

domingo, 4 de maio de 2008

Casa da tia nenem


Um pássaro a cantar,

gosto de verde no ar,

uma rede armada.

O cheiro do açude,

o silêncio puro no dia ou madrugada!



O gesto de familia

do primo, prima ou tia,

eu sem preocupação,

toda esse simplicidade

Não há na cidade,

Só no coração

Do meu melhor lugar!
Manu Kelé!






Pra você

Prós teus olhos,
Sol poente,
Pra tua boca,
beijo ardente.
Pro teu sonho
o paraíso,
pro teu corpo
todo descanço
pro teu rosto
vento e perfume,
pra tua noite
um vagalume
pro teu narís
cheiro de flor
pro coração
o meu amor
sempre sem fim!
Manu Kelé!

Ciranda

Entra na roda,
que essa ciranda
segue o compasso do teu coração.
Dança cantando a esperança,
vai navegando nessa emoção.
Que a vida é leve,
pássaro livre,
que a paz são asas da imaginação!

Desejo

Meu desejo corre
Estrela cadente,
Melhor aguardente
do botiquim.

Meu desejo escorre sedento
prazeroso momento,
pensar em você.

Meu desejo chora,
Chuva e lamento
Tempestade e vento
no meu coração.

Meu desejo muda caleidoscópio
Pior do que o ópio
meu vício é te ter.

Meu desejo dorme lua
Acorda dia,
E dança a doce magia de te querer!

Quero

Quero ficar ao vento,
Sem espaço nem tempo,
Perdido em teus braços.

Quero sentir teus passos
seguir o compasso
do teu coração.

Quero curtir teu olhar
e tudo que há
de bom em você

Quero ficar no teu céu
ser estrela ao leu
A te iluminar.
Manu Kelé!

Borboletas



Borboletas esvoaçantes

Pensamentos errantes,

Silêncio Poético!

Cores do sentimento,

Meu poema ao vento

Mergulhado em você.

Manu Kelé

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Kalunga Mbanza

Kalunga Mbanza
É o território da nossa emoção
Africamente somos brasileiros
De sangue e paixão,

Nascemos nos guetos
Crescemos nos becos
Trilhos e Dendês
Construimos riqueza
Botamos a mesa
Pro outro comer.

Aqui nos estamos
Com alegria que herdamos
dos nosso pais
Estamos gritando nossas diferenças
pra sermos iguais.
Manu Kelé

terça-feira, 29 de abril de 2008

Meu pai Baobá Homenagem a Francisco Manoel da Silva (Meu Pai)

Meu pai Baobá,
árvore sagrada.
Raízes fincadas
Na Partilha da vida,
A muitos abraçou
Acolheu amou.

Meu pai Baobá,
Sua Energia não se encerra,
No sertão, mar ou serra,
Estarás sempre a trabalhar,
para fazer brilhar
Toda simplicidade de amar
Manu Kelé

Cirandeira de Manu Kelé e Fabiano dos Santos

Ciranda anda pelo mundo a passear
Quem for criança entre na roda pra dançar
A vida não cansa pra quem gosta de brincar.
Ó cirandeira! Ó cirandar!
Lua faceira com um cometa namorar.
Ó cirandeira! Ó cirandar!
Mundo brinca de ciranda
nas voltas que o mundo dá.

*Este poema foi musicado
por Manu Kelé em parceria com Fabiano dos Santos.

Novas palavras


Preciso de novas palavras,
Que falem do mundo, com um gosto de sol.
Preciso de um novo caminho,
Enfeitado de Girassol.
Preciso de novos amores,
De cores que não se apaguem.
Preciso de asas, calma e união
Preciso de um grande amor,
Guardado em meu coração.
Manu Kelé!

Menino

Menino,
laranja na boca,
blusa laranja.
O gosto do brincar,
A alma despojada do tempo.
O vento no cabelo,
Pensamento caracol,
Anzol de pescar sonhos.
Um dia vou ser sempre menino!
Nu de sentimentos vázios,
vestido da verdade;
A leveza do ser
É inerente a sua imaginação!

Manu Kelé!

Pensamento

Meu pensamento, pássaro solitário,
Voa por todo lado,
Procurando teu amor!
Meu pensamento, estrela guia,
O bem que que contagia teu corpo, o teu calor
Meu pensamento de todas as cores
Com cheiro de flores, forte luz do sol!
Meu pensamento tem todos os tons,
Sofeja todos os sons
Seja em fá ou mi bemol!
Manu Kelé

Gato saudoso

Noite, estrelas, gato no telhado, sorriso rasgado de alegria.
Ela me contagia mesmo estando longe!
Dia, flores amarelas ,olho da janela e ela não está!
Distância, sentimento marcado.
Beijo bem guardado pra quando a encontrar !
Manu Kelé!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Amazônia

Foi como o sol,
Teu olhar deu calor pro meu dia,
É como o mar,
O que sinto não dá pra negar,
Tem a força do bem,
Tem a calma da paz,
É certeza sem fim,
O destino quer você pra mim.
Amazônia mata verde,
Teu olhar é um deleite,
Poesia a me encantar,
Rio forte florido,
Horizonte colorido,
Vida vela a me levar.
Manu Kelé!

Teu olhar

Teu olhar é campo de flores amarelas
Caramelo desejável
Caminho bom de passear
Sinto-me pipa a voar no céu da tua beleza
És sol de iluminar poesia.
Manu Kelé

Borboleta

Borboleta linda leve
A flutuar na emoção
Admirar é uma festa
Faz dançar meu coração

Tuas asas são sorrisos
Meu desejo uma flor
Se pousares serei digno
Te darei o meu calor

Leve linda borboleta
Tens as cores do sentir
Fico calmo colorido
Quando estás perto de mim

Manu Kelé!