Baião de dois

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terça-feira, 13 de maio de 2008

A dama de branco10.novembro.2000, Publicada originalmente no site:www.patio.com.br

Numa dessas manhãs movimentadas do terminal do Papicu, vinha eu descendo do ônibus — D. Luís — quando avistei uma dama de branco. Seu vestido era colado ao corpo e marcava suavemente suas linhas. A transparência da tão estimada e admirada veste permitia ver também o design da calcinha.
Com todo esse aparato de beleza e sutileza não fui eu o único observador da monumental mulher. O seu andar calmo e elegante chamou a atenção dos que estavam nas biroscas de dentro do terminal. Todos admiravam com olhar de fome e desejo ardente. O motorista do ônibus também deu sua olhadinha, com um sorriso maroto de homem no cio.
Para minha surpresa, a venerada dama saiu do terminal e saiu andando pela mesma rua que eu. Nessa hora, um senhor que passava do meu lado, disse fervorosamente: "Isso é que é mulher! Toda torneada, bonita e sem defeitos." Como já estava emocionado com tanta beleza, concordei com ele dando apenas um forte suspiro.
O passeio pela beleza não terminou ali. Ao passarmos a Av. Santana Júnior, todos que estavam na oficina de carros ficaram encandeados com o vestido branco e a beleza indiscutível da mulher. Não estou querendo exagerar, mas acreditem vocês, até um carro de bombeiros que ia passando na esquina parou para admirar a dama de branco.
É, meus amigos, tem dias que a gente acorda com sorte. Alegra a vida, limpa a vista com a belezura de certas e tantas mulheres lindas e emocionantes.
Manu Kelé

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