Baião de dois

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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sonhei que era paixão

Ela dizia repetidamente te amo, te amo, te amo, te amo, das palavras saltavam flores coloridas que exalavam o cheiro da paixão. Meu coração não se continha, batia freneticamente no ritmo de uma atração alucinante.
Não era por menos, seu corpo era de sereia, o olhar continha um mar sem fim de águas verde da esperança, festança de um terno e doce carinho. Seu abraço era aconchegante, gigantesca ciranda de cantigas redondas de paz. Seu perfume me deixava zen, num estado ômega flutuante e ainda irradiava sete cores de luminosa sensação. Seu vestido era um jardim vivo de flores que cantavam afinadamente o mais puro amor.
Acordar desse sonho foi engraçado, meu vizinho tava ouvindo Raimundo Soldado:
(...)"Ela me deixou e foi morar com o guarda,
Ela me deixou e foi morar com o guarda,
Tanto que eu gostava daquela malvada,
Ela me deixou e foi morar com o guarda.
No dia que o guarda souber
Que ela não saber nem fazer café
No dia que o guarda notar
Que ela não serve nem pra ser mulher
Ele vai manda-la embora
Ela vai querer voltar
Pra deixar de ser malvada
Eu mando ela voltar pro guarda (...)
Segui meu pensamento, triste realidade, era sonho e não verdade, agora mesmo acordado sinto que o sonho tatuou seu nome no tempo de uma paixão Platônica, suspiros de alimentos de poeta "o sentimento", as vezes inventados e sempre verdadeiros.

Manu Kelé!

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